Violência Doméstica: um problema de todos

8 dez 2022

7 min. de leitura

Você sabe o que é Violência Doméstica?

A violência doméstica atinge milhares de mulheres no Brasil, sendo uma triste realidade, segundo a Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada em gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico e psicológico, dano moral ou patrimonial. A cada minuto, uma vítima acionou a polícia.

Falar, expor e lutar contra a violência doméstica é um dever de todos dentro da sociedade, para ajudarmos a eliminar de uma vez situações como essa, principalmente dentro de condomínios.

O que é caracterizado violência contra a mulher:

Física: tapas, socos e chutes que provocam hematomas, marcas, vermelhidão na região.

Moral: não provocam marcas no corpo, mas sim na mente, no coração, que diminuem exponencialmente a autoestima. Podem configurar injúria, calúnia ou difamação.

Psicológica: Também não deixa marcas como a física, mas, com o decorrer dos anos, faz com que as mulheres esqueçam cada vez mais a sua essência, sua independência, causando prejuízo a saúde mental, fazendo-as desistir de ser quem são e de seus sonhos.

Patrimonial: Age como a proibição de gerar renda para si própria ou para sobrevivência de ambos (como casal), destruir ou subtrair objetos conquistados por si ou bens do casal, causa prejuízo material ao patrimônio da mulher.

Sexual: Sendo um dos principais tipos no Brasil, sobre os casos de violação, existe também a situação de forças fora do consenso da vítima, qualquer que sejam suas intenções.

Por isso, entender sobre como as violências atingem as mulheres é importante para se envolver e se responsabilizar como cidadão comum. É preciso prestarmos atenção em locais de moradia, como, por exemplo, em condomínios e repúblicas, sendo um desafio gigantesco para os responsáveis pela gestão do condomínio detectarem essas violências. Dessa forma, contar com a colaboração de todos é muito importante. Entender que a violência contra mulher é um problema de todos, é a melhor maneira de ajudar as milhares de mulheres vítimas no dia a dia.

Você sabia que uma mulher é agredida a cada 4 minutos no mundo todo?

De acordo com os dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, a central de atendimento registrou mais de 31 mil denúncias e mais de 175 mil casos de violação, envolvendo violência doméstica contra as mulheres.

Para os condôminos é essencial ter solidariedade e acolhimento das vítimas de violência dentro dos condomínios, para zelar pela segurança, respeito e o fim da violência doméstica dentro de seus ambientes pessoais.

Você sabe como identificar quando uma mulher está passando pela violência doméstica?

Separamos alguns tópicos importantes para identificar vítimas que estão sofrendo violência doméstica e possuem dificuldades para denunciar seu agressor:

Ela se sente envergonhada com frequência – A vítima tenta em diversas situações sobressair a vergonha que sente ao conversar com alguém que não seja seu agressor.

Teme pela sua segurança pessoal e de seus filhos (se tiver) – Em diversas situações, as vítimas dão sinais de que correm perigo. É preciso ter atenção a esse sinal.

O agressor prometeu que mudaria seu comportamento, ela crê e espera que ele mude conforme a promessa – Essa é uma situação muito comum para diversas mulheres, onde o agressor promete que essas situações não acontecerão mais, manipulando os sentimentos das companheiras para que elas permaneçam na relação.

Não vê os machucados e lesões como importantes e se culpa o tempo todo – Essa é uma das violências físicas aliadas à psicológica, em que o agressor culpa a vítima por tê-la agredido, a vítima se sente confusa pela situação que viveu e acredita que a culpa seja realmente dela.

Esses são os principais sintomas para identificar se você ou alguma mulher próxima está passando pela violência doméstica. Ao menor sinal de agressão, denuncie!

Segundo Gabriela Mansur, é uma tarefa difícil, porém necessária! A violência doméstica é um problema grave e de todos, precisamos falar sobre o assunto sempre para ajudar as mulheres a se libertarem de situações que podem ser fatais.

Os índices de violência doméstica têm crescido drasticamente e, consequentemente, os índices de violência sexual também! Sem contar o aumento gradativo dos feminicídios, crimes aplicados em pessoas do sexo feminino, apenas por serem mulheres. Foi registrado que a cada 10 minutos uma mulher é violentada sexualmente no Brasil e a cada 7 horas acontece um feminicídio.

Segundo o Fórum de Segurança Pública, os casos de feminicídios cresceram 22,2% neste último ano, e os dados dos chamados da Central de Atendimento à Mulher aumentaram cerca de 34% comparados ao mesmo período do ano passado.

Por isso, denuncie! Ajude mulheres a se libertarem de ciclos de violência e de seus agressores.

Saiba quais são os canais para denunciar

Caso você conheça alguém ou se você é essa pessoa que está em vulnerabilidade, vivendo o terror da violência doméstica, existem diversos meios para denunciar seu agressor sem a necessidade de fazer uma ligação telefônica, já que é comum que agressores monitorem todas as chamadas da vítima. Por isso, listamos algumas dicas imprescindíveis para ajudar você ou alguém que você conheça a denunciar.

– Boletim de Ocorrência Eletrônico: É possível acessar o site da Delegacia Eletrônica de São Paulo para realizar a denúncia, pode ser acessado de qualquer aparelho smartphone ou computador, e caso você procure por não deixar históricos, acesse em guia anônima.

– Marcar X vermelho na Palma da Mão: A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e o Conselho Nacional de Justiça lançaram a campanha Sinal Vermelho. O “X” vermelho na palma da mão permite que, em ambientes públicos ou privados, as pessoas treinadas reconheçam que aquela mulher foi vítima de violência doméstica, e assim, acione a Polícia Militar imediatamente.

– Ligar no DEAM: A Delegacia Especializada em Direitos da Mulher possui atendimento 24 h e pode ser feita uma denúncia anônima.

Central de Atendimento à Mulher (180) – É um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento da violência contra a mulher, além de receber as denúncias, encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher no aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). 

A Graiche e o Projeto SOS Justiceiras 

Em parceria com o projeto SOS Justiceiras, a Graiche criou um botão dentro do seu aplicativo e no portal para ajudar a direcionar mulheres que moram em condomínios administrados pela empresa. Por meio de um formulário, elas são conectadas com voluntárias do projeto, que prestam auxílio e dão assistência às vítimas da violência doméstica, oferecendo apoio e acolhimento.

Recentemente, Gabriela Manssur – Especialista na defesa e promoção dos direitos das mulheres – realizou uma série de vídeos em seus projetos SOS Justiceiras, em que ela ensina e ajude milhares de mulheres a sobressaíram dessa situação tão triste, já que a maioria sofre calada e com medo de denunciar seu agressor.

Você pode acessar a série aqui!

A violência doméstica contra mulheres é um assunto muito importante, grave e que precisa ser discutido no dia a dia com todas as pessoas, sejam homens ou mulheres.

Ajude a acabar com esse ciclo!

A Graiche também preparou um material especial sobre a violência doméstica. Baixe gratuitamente a cartilha e fique ainda mais por dentro do assunto.

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