Mulheres no comando: a importância das mulheres gestoras e síndicas de condomínio

Uma homenagem às mulheres síndicas que inspiram com seus exemplos de liderança, promovendo uma administração condominial mais equitativa

No Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março, é essencial celebrar não apenas as conquistas individuais, mas também as contribuições coletivas das mulheres em todas as esferas da sociedade.

Neste dia especial, prestamos homenagem às mulheres que assumem o desafiador papel de síndicas de condomínio e gestoras, líderes dedicadas que desempenham um papel fundamental na construção de comunidades e organizações.

Além de suas responsabilidades cotidianas, essas mulheres representam uma fonte inspiradora de representatividade, destacando a crescente presença feminina em cargos de liderança e a capacidade das mulheres de fazerem uma diferença significativa em suas comunidades.

Nos últimos anos, notavelmente podemos perceber uma mudança significativa nos papéis de liderança do mundo corporativo com o aumento da presença de mulheres em cargos de liderança, não apenas na composição demográfica e hierárquica dos líderes, mas também na cultura organizacional e na abordagem de gestão.

De acordo com o Panorama Mulheres 2023, um estudo realizado pelo Talenses Group em parceria com o Insper, houve um notável crescimento na representatividade feminina na presidência de empresas e em outras posições de liderança no Brasil durante o período de 2019 a 2022.

Os dados revelam que a proporção de mulheres ocupando o cargo de CEO aumentou de 13% para 17% no país e a tendência para este ano é que a proporção deve passar de 20% e este crescimento mostra-se provável também para outros cargos de liderança, como diretorias, conselhos e vice-presidentes.

Dentre esses setores, historicamente dominados por homens, notamos nova realidade também na gestão de condomínios. O aumento da presença feminina na gestão de condomínios traz mulheres, agora, assumindo o controle e deixando sua marca de forma poderosa e positiva também no ambiente condominial.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo SíndicoNet, em 2021, o número de mulheres síndicas aumentou 22% em relação ao ano anterior e, atualmente, elas já ocupam 39% dos cargos de gestão condominial. Além disso, 1% se identificou com o gênero não-binário/outro.

Essas mulheres, não apenas desafiam estereótipos arraigados, mas também trazem uma série de benefícios tangíveis para a administração de condomínios e para a comunidade como um todo. Além disso, inspiram cada vez mais mulheres a buscar oportunidades de liderança e contribuir para a construção de uma cultura de igualdade de gênero.

Quebrando barreiras e desafiando normas

O mundo dos condomínios, muitas vezes, foi retratado como um ambiente dominado por homens, onde decisões eram tomadas por uma liderança predominantemente masculina.

No entanto, elas estão desafiando esse costume há algum tempo, mostrando que possuem as habilidades e competências necessárias para liderar com sucesso.

As mulheres muitas vezes trazem consigo estilos de liderança distintos, que podem ser complementares aos estilos tradicionalmente associados aos líderes masculinos.

Um desses pontos mais marcantes é a diversidade de perspectivas e experiências que as mulheres trazem para esses cargos de liderança com uma visão única e multifacetada dos problemas, resultante de suas experiências de vida, educação e carreira, o que enriquece as discussões e decisões tomadas dentro das organizações.

A presença de mulheres em cargos de liderança também influencia a cultura organizacional, promovendo valores como diversidade, inclusão e equidade.

Geralmente as lideranças femininas, muitas vezes adotam políticas e práticas que promovem o desenvolvimento e a valorização de todos os funcionários, independentemente de seu gênero.

Habilidades inatas e competências adquiridas

As mulheres gestoras e síndicas de condomínio trazem consigo uma série de habilidades e qualidades que são inestimáveis ​​na gestão eficaz de uma comunidade.

Isso inclui uma maior ênfase na colaboração, capacidade de comunicação aberta e eficaz, empatia e capacidade de resolver conflitos de forma diplomática e tomar decisões assertivas são apenas algumas das características que muitas mulheres líderes possuem naturalmente ou desenvolvem ao longo de suas carreiras. Esses estilos de liderança podem contribuir para um ambiente de trabalho mais inclusivo e produtivo.

Quais as atribuições da síndica de um condomínio?

Uma síndica de condomínio desempenha um papel na administração e gestão do condomínio, garantindo que as operações diárias funcionem com fluência e que as necessidades dos moradores sejam atendidas da melhor forma possível.

Suas responsabilidades podem variar dependendo do tamanho e das necessidades específicas do condomínio, mas geralmente incluem:

Administração financeira
A síndica é responsável por gerenciar o orçamento do condomínio, arrecadar taxas condominiais, pagar contas, contratar serviços necessários e garantir que as finanças estejam em ordem.

Manutenção e reparos
Ela supervisiona a manutenção e os reparos das áreas comuns e das instalações do condomínio, garantindo que estejam em boas condições de funcionamento.

Contratação e supervisão de funcionários
A síndica contrata e supervisiona funcionários, como porteiros, zeladores e pessoal de limpeza, para garantir que as áreas comuns sejam mantidas limpas, seguras e bem cuidadas.

Cumprimento das regras e regulamentos

A síndica garante que todos os moradores cumpram as regras e regulamentos do condomínio, aplicando medidas disciplinares quando necessário para manter a ordem e a harmonia dentro da comunidade.

Mediação de conflitos
A síndica atua como mediadora em conflitos entre moradores, ajudando a resolver disputas de maneira justa e equitativa.

Planejamento e realização de assembleias
Organiza e preside assembleias condominiais, onde questões importantes são discutidas e decisões são tomadas em conjunto pelos moradores.

Segurança

Se preocupa com a segurança do condomínio, implementando medidas para proteger os moradores e as instalações contra ameaças externas. E, ainda, supervisona e coordena todo funcionamento e manutenção das áreas comuns. Essas são apenas algumas das responsabilidades que uma síndica de condomínio pode ter. Ou seja, a síndica desempenha um papel multifacetado na gestão e na promoção do bem-estar da comunidade condominial.

Foco na comunidade e na qualidade de vida

Uma das maiores contribuições das mulheres gestoras e síndicas de condomínio é seu foco na construção de comunidades fortes e vibrantes. Elas frequentemente priorizam a qualidade de vida dos moradores, promovendo um ambiente seguro, inclusivo e acolhedor para todos. Além disso, muitas vezes estão atentas às necessidades específicas das famílias, idosos e pessoas com deficiência, buscando implementar medidas que melhorem a vida de todos os residentes.

Inovação e eficiência na administração

A presença de mulheres na gestão de condomínios também está associada à introdução de práticas inovadoras e eficientes na administração e tendem a trazer novas perspectivas, ideias e soluções para os desafios enfrentados pela comunidade condominial, resultando em uma gestão mais dinâmica, transparente e eficaz.

Inspiração para futuras líderes

Além dos benefícios imediatos que trazem para a comunidade condominial, as mulheres gestoras e síndicas se tornam modelos e mentoras para as gerações futuras. Ao verem mulheres ocupando posições de liderança, outras mulheres são incentivadas a perseguir seus próprios objetivos e aspirações, sabendo que o céu é o limite, independentemente do gênero.

A importância das mulheres síndicas de condomínios e gestoras

Em um mundo em constante evolução, a presença e contribuição das mulheres na gestão de condomínios são essenciais para promover comunidades mais inclusivas, eficientes e orientadas para o bem-estar de todos os seus membros.

À medida que esses avanços e evoluções continuam, é importante dar luz a esse reconhecimento e valorizar o papel vital que as mulheres gestoras e síndicas desempenham, inspirando-nos a todos a construir um futuro mais igualitário e diversificado.