Quem faz o que no condomínio? O papel da administradora, da construtora, do síndico e da comunidade

3 jul 2025

7 min. de leitura

Uma gestão eficiente começa com clareza: quando cada parte sabe sua função, o condomínio funciona melhor — com menos conflitos, mais transparência e decisões mais acertadas.

A vida em condomínio envolve uma engrenagem coletiva. Para que tudo funcione bem, é essencial que moradores, síndico e administradora saibam exatamente até onde vai a responsabilidade de cada um. Afinal, quando esses papéis se misturam (ou se confundem), os atritos aparecem, a gestão trava e o ambiente coletivo perde qualidade.

Se você já se perguntou quem faz o quê no seu prédio — ou quer entender por que alguns problemas parecem sempre voltar — este guia é para você.

O que faz a administradora de condomínios?

A administradora é uma empresa contratada pelo condomínio para cuidar de toda a parte operacional, financeira e burocrática da gestão. Pense nela como uma parceira estratégica que traz profissionalismo, agilidade e ferramentas especializadas para facilitar o dia a dia do síndico e garantir transparência para todos.

Principais funções:

  • Cobrança de taxas condominiais e controle de inadimplência;
  • Emissão de boletos, folhas de pagamento e encargos trabalhistas;
  • Análise fiscal e contábil, com orientações embasadas na lei;
  • Gestão de contratos, orçamentos e cotações de fornecedores;
  • Previsão de gastos e prestação de contas;
  • Auxílio na intermediação de conflitos;
  • Uso de ferramentas digitais (portais, apps, relatórios online).

Além disso, uma boa administradora atua com compliance e governança, reduzindo riscos legais e dando mais clareza à gestão.

E a construtora, qual o papel dela?

A Construtora passa por diversas etapas desde o projeto inicial, que envolvem planejamento, execução, responsabilidade técnica e atendimento pós-entrega.

Durante a fase de construção, a construtora é responsável por: 

  • Seguir rigorosamente os projetos aprovados (arquitetônico, estrutural, elétrico, hidráulico, etc.);
  • Utilizar materiais conforme especificações técnicas;
  • Atender às normas técnicas da ABNT e legislações vigentes;

Ao término da obra, inicia-se a etapa de entrega das unidades aos proprietários.
Esse processo é composto por:

  • Agendamento de vistoria individual;
  • Entrega das chaves.


Caso sejam identificados problemas, eles são registrados e a construtora se compromete a solucioná-los. Portanto, se o imóvel ainda não foi entregue oficialmente, qualquer problema ou negociação precisa ser resolvido exclusivamente com a construtora. Nem o síndico, nem a administradora têm autonomia para intermediar esse tipo de tratativa. 

Nas áreas comuns, a vistoria é realizada pelo síndico (ou por uma comissão designada pelos condôminos), que verifica a conformidade com o memorial descritivo e funcionalidades dos equipamentos coletivos. Quanto à garantia, ela responde por vícios construtivos, conforme o Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor. 

Os principais prazos são:

  • 5 anos: Garantia estrutural (fundações, lajes, pilares, etc.);
  • 1 a 3 anos: Garantias de sistemas hidráulicos, elétricos, impermeabilização, revestimentos e acabamentos, conforme definido em contrato e manuais;
  • 90 dias: Garantia legal para defeitos aparentes na unidade (ex: pintura, pisos, portas), contados a partir da entrega das chaves

Importante destacar que a cobertura se dá apenas para defeitos de construção. Danos causados por mau uso, falta de manutenção ou reformas indevidas não são de responsabilidade da construtora.

E o síndico, o que faz?

O síndico é o representante legal do condomínio. Ele é eleito pela assembleia (ou indicado pela construtora na instalação) e responde civil e criminalmente por tudo que acontece na gestão. É dele a responsabilidade de tomar decisões operacionais, acompanhar as manutenções e garantir o cumprimento da convenção, regimento interno e leis vigentes.

No dia a dia, o síndico:

  • Representa o condomínio perante terceiros (inclusive na justiça);
  • Coordena obras, reparos e vistorias nas áreas comuns;
  • Libera obras nos apartamentos;
  • Atende moradores e media conflitos;
  • Convoca assembleias e implementa as deliberações;
  • Trabalha em conjunto com a administradora para manter a rotina em ordem.

Boa comunicação, liderança e equilíbrio emocional são habilidades fundamentais para exercer essa função com eficiência — principalmente em condomínios grandes, recém implantados ou com muitos moradores. em condomínios grandes ou com muitos moradores.

Conselho e assembleia: o papel da comunidade

Embora nem sempre tão visíveis no dia a dia, a assembleia geral e o conselho fiscal ou consultivo têm um papel central na saúde do condomínio. São eles que tomam as decisões mais importantes e fiscalizam a atuação do síndico e da administradora.

O que cabe à assembleia:

  • Aprovar obras, rateios e mudanças no regimento;
  • Deliberar sobre orçamentos, reajustes e contratações;
  • Eleger ou destituir o síndico e conselheiros.

Quanto ao conselho, é dever dele:

  • Revisar contas e balancetes demonstrativos mensais;
  • Sugerir melhorias e apoiar a gestão;
  • Atuar como ponte entre o síndico e os moradores.

A assembleia pode ser convocada pelo síndico ou proprietários, cumprindo as exigências da convenção quanto ao quórum e prazos oficiais.

Condomínio: uma pessoa jurídica com obrigações reais

Apesar de não ter fins lucrativos, o condomínio é uma pessoa jurídica e, como tal, está sujeito a uma série de deveres legais, fiscais e contábeis. Isso significa que ele precisa emitir notas fiscais quando contrata serviços que exigem esse tipo de documentação, recolher tributos corretamente, manter em dia todos os encargos trabalhistas e elaborar demonstrativos financeiros com precisão e transparência. 

Além disso, é obrigatório manter o seguro predial atualizado — uma exigência prevista no Código Civil — e gerenciar com responsabilidade o fundo de reserva, que funciona como um colchão financeiro para emergências ou obras inesperadas. 

Também entram nessa lista os laudos técnicos obrigatórios, como o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), inspeções elétricas e outros documentos que atestam a segurança das instalações. Quando esses cuidados são negligenciados, os riscos recaem sobre todos os condôminos, que podem ser impactados por multas, ações judiciais ou até interdições. Ter uma administradora experiente e um síndico comprometido faz toda a diferença para manter a casa em ordem — legalmente e financeiramente.

Integração: a chave para uma boa gestão

A engrenagem da vida em condomínio só funciona bem quando há sintonia entre as partes envolvidas. Síndico, administradora e condôminos são partes de um mesmo sistema que precisa funcionar de forma coordenada. 

Quando existe integração real entre esses atores, com fluxos de comunicação claros e responsabilidades bem definidas, as decisões são tomadas com mais segurança, os processos andam com mais agilidade e o clima entre os moradores melhora significativamente. Um bom exemplo disso são os relatórios periódicos disponibilizadoos pela administradora, que ajudam o síndico a prestar contas de forma transparente ao conselho e condôminos. 

Reuniões de alinhamento entre esses agentes também evitam mal-entendidos, sobrecargas e falhas de execução. 

Além disso, o uso de ferramentas digitais como aplicativos e portais online pode aproximar ainda mais os moradores da gestão, oferecendo acesso rápido a documentos, boletos, comunicados e demandas. Quando cada um entende seu papel e colabora com empatia e profissionalismo, o condomínio não só evita conflitos, como reduz custos e valoriza a experiência coletiva de viver bem.

Conte com a Graiche

Na gestão condominial, ter clareza sobre os papéis de cada parte é o primeiro passo — mas contar com uma administradora experiente, proativa e transparente faz toda a diferença no resultado. 

A Graiche atua lado a lado com síndicos, conselhos e moradores para garantir uma administração organizada, com tecnologia, assessoria completa e foco em soluções. Cuidamos da parte burocrática, oferecemos suporte estratégico e contribuímos para uma convivência mais harmoniosa.

 Se o seu condomínio busca mais eficiência, segurança e tranquilidade, fale com a Graiche. Aqui, a gestão funciona e você sente isso no dia a dia.

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