Os condom\u00ednios que t\u00eam planos de fazer uma \u201ctransforma\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel\u201d ganharam uma forma de conseguir recursos de forma mais f\u00e1cil para isso. O banco Santander anunciou a libera\u00e7\u00e3o de financiamento para solu\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas e projetos que gerem algum retorno ambiental. Batizada de Giro Sustent\u00e1vel PJ, a linha viabiliza, por exemplo, a instala\u00e7\u00e3o de posto de recarga para ve\u00edculos el\u00e9tricos, implanta\u00e7\u00e3o de sistemas de capta\u00e7\u00e3o e aproveitamento de \u00e1gua da chuva, irriga\u00e7\u00e3o por gotejamento, estrutura para reciclagem de lixo e composteiras, entre outras iniciativas.<\/p>\n\n\n\n
Ainda dentro desse pacote, o banco vai financiar at\u00e9 100% da compra e\u00a0 instala\u00e7\u00e3o de pain\u00e9is fotovoltaicos para gera\u00e7\u00e3o de energia solar. A oferta, batizada de CDC Solar, tem os mesmos diferenciais que a institui\u00e7\u00e3o oferece a outros clientes que s\u00e3o pessoas jur\u00eddicas. Reduzidas, as taxas de juros m\u00ednimas partem de 0,74% ao m\u00eas e o prazo de parcelamento foi ampliado de 60 para 96 meses, com 120 dias de car\u00eancia para pagamento da primeira parcela.<\/p>\n\n\n\n
A car\u00eancia de quatro meses para esse primeiro pagamento, de acordo com o Santander, foi definida com base em dados de mercado que apontam esse prazo como o necess\u00e1rio para o in\u00edcio da produ\u00e7\u00e3o efetiva de energia limpa. Nesse per\u00edodo, o cliente pode aguardar por tr\u00e2mites como uma eventual importa\u00e7\u00e3o dos equipamentos e a instala\u00e7\u00e3o do sistema, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n
J\u00e1 no caso do Giro Sustent\u00e1vel, o banco oferece planos de pagamento de at\u00e9 60 meses e car\u00eancia de 59 dias para quita\u00e7\u00e3o da primeira parcela. Segundo Franco Fasoli, diretor de neg\u00f3cios e empresas do Santander, o grande diferencial est\u00e1 nas taxas e prazos mais atrativos. \u201c\u00c9 um capital de giro que tem finalidade de auxiliar os condom\u00ednios no compromisso com a transforma\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel\u201d, explica.<\/p>\n\n\n\n
Mesmo que o principal objetivo seja a conscientiza\u00e7\u00e3o ambiental, ele afirma que a economia que alguns projetos representam \u00e9 important\u00edssima. \u201cAs placas solares t\u00eam uma durabilidade muito grande, de at\u00e9 25 anos, e o financiamento se paga em 6\u201d, exemplifica. \u201cAl\u00e9m de ajudar no processo de energia limpa, isso representa uma economia de 95% na conta de energia do condom\u00ednio.\u201d<\/p>\n\n\n\n
Como os condom\u00ednios lidam com uma s\u00e9rie de quest\u00f5es, como inadimpl\u00eancia de cond\u00f4minos, emerg\u00eancias e constante necessidade de reparos, o ideal antes de fazer qualquer empr\u00e9stimo \u00e9 colocar a conta no papel. \u201cO condom\u00ednio tem de fazer o c\u00e1lculo de parcelas que ele vai ter de ratear entre os cond\u00f4minos e considerar que, havendo uma eventual inadimpl\u00eancia por parte de um morador, precisa conseguir fazer com que a verba entre em caixa na mesma velocidade que sai\u201d, diz Jos\u00e9 Roberto Graiche J\u00fanior, vicepresidente do Grupo Graiche e especialista em direito imobili\u00e1rio e condominial.<\/p>\n\n\n\n
\u201cOu seja, se eu tenho uma inadimpl\u00eancia de 10% e uma parcela de financiamento de R$ 20 mil por m\u00eas a ser paga, eu tenho de ratear R$ 22 mil por m\u00eas, porque eu sei que uma pessoa, num primeiro momento, n\u00e3o vai pagar os R$ 2 mil referentes \u00e0 parte dela.\u201d<\/p>\n\n\n\n
Graiche acredita que os condom\u00ednios possam recorrer a esse tipo de financiamento quando n\u00e3o t\u00eam um desembolso de caixa de cada cond\u00f4mino para realizar uma obra ou readequa\u00e7\u00e3o para que tenha um melhor desempenho, como \u00e9 o caso dos projetos de sustentabilidade. \u201c\u00c0s vezes, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel fazer esse rateio e pagar a obra ou adequa\u00e7\u00e3o no n\u00famero de parcelas adequado ao bolso daquele perfil de moradores\u201d, diz. \u201cO financiamento pode ser uma alternativa, mas tudo tem de ser aprovado em assembleia: a obra, a benfeitoria, a finalidade, a forma de rateio, como esse dinheiro ser\u00e1 captado. Isso precisa estar bem esclarecido na reuni\u00e3o com os cond\u00f4minos.\u201d<\/p>\n\n\n\n
Na ata que for redigida ap\u00f3s a assembleia, o especialista fala que \u00e9 importante que esteja expresso que o s\u00edndico est\u00e1 autorizado a fazer o empr\u00e9stimo, especificando ainda com que taxas e juros, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n